Catedral Metropolitana



O formato de cone da Catedral tem 96 metros de diâmetro interno, 80 metros de altura e capacidade para 20 mil pessoas em pé. A beleza fica por conta dos vitrais coloridos que acompanham as paredes até a cúpula em forma de cruz, e a enorme imagem de Cristo suspensa por cabos.

Foi construída entre 1964 e 1979.

Rua dos Arcos 54 / Av. República do Chile 245, Centro 


HISTÓRIA DA CATEDRAL

A história da Catedral, desde a pedra fundamental, até os dias de hoje

Criada em 1676 pela bula do Papa Inocêncio XI, a Diocese, e depois a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro nunca teve Catedral própria, sempre precisou servir-se de igrejas emprestadas. Nos primeiros 58 anos de sua história, ela se instalou na igrejinha que o governador Salvador de Sá mandara fazer de adobes e telha-vã, com três naves, no Morro do Castelo, e que foi demolida em 1922, quando acabou o desmonte do morro.

Em 1734, a Catedral foi transferida do Morro do Castelo para a igreja de Santa Cruz dos Militares, onde permaneceu apenas três anos. Depois mudou-se para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, e ali ficou até a chegada da Família Real, em 1808, quando o Príncipe Regente de Portugal, Dom João VI, fez da igreja Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, sua Capela Real, logo elevada, por ele também, à categoria de Catedral.

Só depois de muitas e penosas diligências, a Arquidiocese conseguiu que o então Estado da Guanabara lhe cedesse um terreno no qual foi erguida a Catedral, que teve sua pedra fundamental abençoada e lançada por D. Jaime de Barros Câmara, a 20 de janeiro de 1964, sendo Sumo Pontífice S.S. o Papa Paulo VI.

Em 1972, o Cardeal D. Eugenio de Araujo Sales (sucessor de D. Jaime, falecido no dia 18 de fevereiro de 1971), já pôde celebrar a Missa de Natal na nova Igreja. No dia 16 de novembro de 1976, Ano do Tricentenário da Arquidiocese, Sua Eminência sagrou o altar-mor da Catedral de São Sebastião e, em 1979, no dia 15 de agosto, quando comemorava o Jubileu de prata de sua ordenação episcopal, fez a solene Dedicação do Novo Templo, o que pode ser considerado o verdadeiro marco da sua inauguração.

Aos 20 dias do mês de novembro de 1976, o Cardeal Arcebispo Dom Eugenio de Araujo Sales nomeou Cura da Catedral de São Sebastião o incansável empreendedor da construção da nova Catedral Monsenhor Ivo Antonio Calliari e, em 28 de dezembro de 1983, nomeou-o Pároco da Paróquia da Catedral de São Sebastião.

Aos 2 dias do mês de julho de 1980, Sua Santidade o Papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil, presidiu solene cerimônia com os Bispos do CELAM, que comemorava jubileu de prata. E, no dia 4 de outubro de 1997, Sua Santidade presidiu solene Missa, concelebrada por mais de 500 bispos do mundo inteiro e por mais de 1.000 padres, ocasião na qual 5.000 pessoas participaram e milhares assistiram, de todas as partes do mundo, via televisão, por ocasião do "II Encontro Mundial do Papa com as Famílias", consolidando-a definitivamente, como marco de arquitetura moderna e arrojada, imponente e funcional, que se distingue por sua nobre simplicidade.

No ano em que comemorou 30 anos a frente da Arquidiocese, o Eminentíssimo Cardeal Dom Eugenio de Araujo Sales tornou-se Arcebispo Emérito e a Cerimônia de Início de Missão do novo Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, deu-se a 22 de setembro de 2001, nesta Catedral.

No ano de 2009 o Cardeal Scheid tornou-se Arcebispo Emérito e o novo Arcebispo Dom Orani João Tempesta, nomeado pelo Sumo Pontífice Bento XVI, iniciou a Missão como Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, no domingo da Oitava da Páscoa e Festa da Misericórdia, a 19 de abril de 2009, em solene celebração Eucarística, nesta Catedral de São Sebastião, quando foi introduzido sobre a Cátedra seu brazão episcopal, cujo lema é: PARA QUE TODOS SEJAM UM. Autoridades civis, militares e religiosas e milhares de fiéis apresentaram a Dom Orani Tempesta as boas vindas e votos de abençoado pastoreio.


CONSTRUÇÃO E REFORMA DA CATEDRAL

Forma Arquitetônica da Catedral e sua Simbologia

A tarefa de dar corpo às idéias que o Cardeal Câmara tinha concebido e discutido com o seu secretário particular e futuro executor das obras, Monsenhor Ivo Antonio Calliari, sobre a Catedral, foi confiada ao arquiteto Edgar Fonceca (s.i.c.), professor da PUC do Rio. O engenheiro foi Newton Sotto Maior e o mestre de obras Joaquim Corrêa.
A Catedral tem as seguintes medidas: 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno, cada vitral: 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2, com capacidade para abrigar 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.

A exemplo de todas as igrejas católicas, também a Catedral do Rio de Janeiro tem como símbolo máximo a cruz. Não é apenas a cruz que paira alguns metros acima do altar-mor, sustentada do teto por seis cabos de aço. A cruz que se impõe é aquela que está na origem do projeto: uma cruz grega, de vastas proporções e feita de material transparente, seria o centro e recheio de um círculo imenso, com trinta metros de diâmetro, símbolo expressivo da presença de Cristo entre os homens.

De que maneira conjugar o círculo e a cruz foi o desafio enfrentado até delinear a Catedral que aí está, de estilo tão diferente de todas as igrejas construídas conforme os padrões convencionais. E esse desafio encontrou resposta e inspiração na pirâmide que os Maias construíram na Península de Yucatan, no México. Na base, a pirâmide é quadrada e larga, mas se estreita a medida em que sobe, até tomar, no topo, a forma de um platô.

Diferentemente das pirâmides dos Maias, ela tem forma circular e cônica para significar a eqüidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes; Deus, - como que "desce" das alturas para vir ao encontro do homem - é simbolizado pela luz que se esparrama dos quatro braços da cruz, à qual domina grande parte do teto e tem o seu prolongamento nos quatro vitrais que se ligam aos pórticos. Aqui, os fiéis são como que acolhidos pelo Cristo que foi enviado pelo Pai, morreu e ressuscitou para a nossa salvação, instituiu a Igreja e enviou sobre ela o Espírito Santo.

Os quatro vitrais, que nos dão impressão de estarem abraçados por fios de betão, são também uma afirmação da fé que está na origem e na finalidade maior da Catedral e estão posicionados conforme os pontos cardeais. Eles simbolizam as quatro notas características da Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica.

Una: Somos o Rebanho do Senhor, nosso único Pastor, cuja Palavra é referencial de vida. A característica da Igreja - Una - está representada pelo Bom Pastor que figura no vitral verde, também à frente de quem entra pelo pórtico principal. Foi Jesus Cristo quem disse: "Importa que haja um só rebanho e um só pastor". Neste vitral são vistos outros símbolos que conduzem à idéia de unidade da fé: a Bíblia, a Mitra dos bispos, a Tiara do Papa e o Cálice da Salvação com a Hóstia Consagrada (direção sul).


Santa: A Igreja é Santa porque o Senhor Jesus Cristo, o Santo dos santos a instituiu, mas também é pecadora porque nós, seus membros, somos imperfeitos. O vitral que representa a característica da Igreja - Santa - está à direita de quem entra na Catedral e inclui São José e Nossa Senhora entre outros santos. A cor que predomina é a vermelha, a mesma que simboliza os dons do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade (direção oeste).



Católica: Todas as pessoas (quatro raças), indistintamente, são chamadas a serem membros da Igreja de Cristo. A terceira característica da Igreja - Católica - está estampada no vitral acima do pórtico da entrada principal, com predomínio da cor azul. A catolicidade da Igreja, isto é, sua universalidade, está expressa nas diversas raças (branca, vermelha, negra e amarela) que o vitral apresenta na parte inferior. Mais acima, estão os símbolos dos quatro evangelistas ( o leão, São Marcos; o touro, São Lucas; o jovem, São Mateus e a águia, São João ) e o globo terrestre encimado com a cruz (direção norte).



Apostólica
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Instituída por Cristo, a Igreja honra São Pedro como primeiro Papa, cujos sucessores ocupam sua cátedra em Roma como vigários de Cristo na terra, tendo os Bispos como colaboradores diretos, pois são sucessores dos demais Apóstolos e devem pastorear o rebanho a eles confiado em comunhão com o sucessor de Pedro. O vitral que representa a quarta característica da Igreja - Apostólica - encontra-se à esquerda de quem entra na Catedral. Sobre tons de fundo amarelo aparece São Pedro, com as chaves; mais abaixo, dois personagens simbolizando os sucessores de Pedro (papa) e dos demais apóstolos (bispo); mais acima podem ser vistos os instrumentos da paixão de Cristo, sobretudo a cruz em que Ele morreu e da qual pende o lençol no qual foi envolto o seu corpo. O lençol está em forma de M para lembrar a especial participação de Maria, mãe de Jesus, no mistério da Redenção operada por seu filho (direção leste).
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Fonte: http://www.catedral.com.br
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