Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro




Breve histórico

Encaminhando-se para o jubileu dos seus 450 anos de existência, a Igreja particular de São Sebastião do Rio de Janeiro possui um legado eclesial histórico que se relaciona intimamente não só com a história da cidade do Rio de Janeiro mas também com a história do Brasil, pois, em razão da extensão territorial que possuiu e da atuação pastoral que exerceu ao longo dos séculos, a Igreja no Rio de Janeiro originou uma gama de paróquias e dioceses históricas que estão na gênese da solicitude pastoral da Igreja para com o que hoje compõe as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul brasileiras.

As origens da atual Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro remontam ao então Vicariato ou Administração Eclesiástica do Rio de Janeiro, que por solicitação de Dom Sebastião, Rei de Portugal, foi criada pelo Papa Gregório XIII através da Bula In supereminenti militamtis Ecclesiae, de 19 de julho de 1575. A função da referida Circunscrição Eclesiástica era a de prover à jurisdição espiritual meridional do Brasil, de forma que seu território se estendia desde a então Capitania de Porto Seguro, no sul do atual Estado da Bahia, até aos limites das possessões portuguesas ao sul, na costa do atual Estado de Santa Catarina.

Aos 16 de novembro de 1676, em virtude de uma reorganização dos territórios eclesiásticos solicitada pelo Príncipe Dom Pedro, Regente de Portugal, a então Administração Eclesiástica foi transformada na Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Beato Papa Inocêncio XI através da Bula Romani Pontificis pastoralis sollicitudo. Mantendo o território canônico de então até 1745, coube por exemplo à Diocese fluminense a elevação de paróquias para acompanhar com solicitude pastoral a explosão demográfica mineradora que originou as povoações das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso na primeira metade do século XVIII.

Em 1745, a Diocese do Rio de Janeiro cedeu uma considerável porção territorial canônica para a criação das Dioceses de São Paulo e Mariana e as Prelazias de Goiás e Cuiabá, o que equivaleria atualmente a boa parte da região Sudeste e a toda a região Centro-Oeste aproximadamente. Contudo, em 1750, com a celebração do Tratado de Madri e a anexação ao território brasileiro do que hoje compõe a região Sul, os atuais Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul integraram o território canônico da Diocese, que se consolidou descontínuo e assim permaneceu até o final do século XIX. Contudo, em 1848 e 1854, por solicitação do Governo Imperial brasileiro, foram criadas pelo Beato Papa Pio IX as Dioceses do Rio Grande do Sul e de Diamantina respectivamente, com território canônico cedido pela Diocese do Rio.

Por fim, aos 27 de abril de 1892, em virtude de uma reorganização dos territórios eclesiásticos solicitada pelo episcopado brasileiro, a então Diocese foi transformada na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Papa Leão XIII através da Bula Ad universas orbis Ecclesias, tornando-se “sede metropolitana” da chamada “Província Eclesiástica Meridional do Brasil” à época. A partir de então, o território canônico da Arquidiocese do Rio se restringiria aos limites da Cidade do Rio de Janeiro, como se mantém atualmente.

Ao longo dos seus quase 450 anos de história, foram governaram pastoralmente a Igreja particular de São Sebastião do Rio de Janeiro os seguintes Ordinários:

Prelados administradores:

1º) Pe. Bartolomeu Simões Pereira (1578-1603).
2º) Pe. João da Costa (1603-1606).
3º) Pe. Mateus da Costa Aborim (1606-1629).
4º) Pe. Lourenço de Mendonça (1631-1643).
5º) Pe. Antônio de Mariz Loureiro (1643-1657).
6º) Pe. Manuel de Souza e Almada (1658-1673).
7º) Pe. Manuel Pessoa de Figueiredo (1673 – morreu antes de tomar posse).
8º) Pe. Francisco da Silveira Dias (1673-1681).


Bispos diocesanos:

1º) D. Frei Manoel Pereira, O.P. (não tomou posse).
2º) D. José de Barros Alarcão (1680-1700).
3º) D. Francisco de São Jeronymo (1701-1721).
4º) D. Antônio de Guadalupe (1725-1740).
5º) D. João da Cruz (1740-1745);
6º) D. Frei Antônio do Desterro (1745-1773).
7º) D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castello Branco (1773-1805).
8º) D. José Caetano da Silva Coutinho (1806-1838).
9º) D. Manoel do Monte Rodrigues de Araújo (1839-1863).
10º) D. Pedro Maria de Lacerda (1868-1890).
11º) D. José Pereira da Silva Barros (1891-1894).


Arcebispos metropolitanos

1º) D. João Esberard (1893-1897).
2º) Cardeal Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti (1897-1930).
3º) Cardeal Sebastião Leme da Silveira Cintra (1930-1942).
4º) Cardeal Jaime de Barros Câmara (1943-1971);
5º) Cardeal Eugenio de Araujo Sales (1971-2001).
6º) Cardeal Eusébio Oscar Scheid (2001-2009).
7º) Cardeal Orani João Tempesta (2009…)




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A Igreja Católica mais antiga do Rio de Janeiro: Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé

 

No rico cenário histórico do Rio de Janeiro, encontramos diversas igrejas que carregam consigo não apenas a espiritualidade, mas também a história e a cultura da cidade. Entre elas, destaca-se a igreja católica mais antiga do Rio de Janeiro, que possui uma fundação carregada de significado e um legado que atravessa séculos. Neste artigo, vamos explorar a história, curiosidades e importância desta igreja para a cidade maravilhosa.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada no bairro do Centro, na cidade do Rio de Janeiro, é considerada a igreja católica mais antiga da cidade. Sua fundação remonta ao ano de 1608, durante o período colonial brasileiro. Foi construída pelos frades carmelitas, uma ordem religiosa dedicada à devoção a Nossa Senhora do Carmo.


Fatos históricos

Durante os primeiros anos de sua existência, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi palco de eventos históricos importantes. Por exemplo, em 1640, a igreja foi escolhida como cenário para a coroação do rei Dom João IV, de Portugal, após a Restauração da Independência. Esse evento marcou um momento crucial para a história tanto de Portugal quanto do Brasil colonial.

A igreja testemunhou a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, quando a corte transferiu-se para o Brasil para fugir das invasões napoleônicas. Nesse período, a igreja foi ampliada e remodelada para receber a nobreza europeia, e sua importância como símbolo de fé e poder cresceu ainda mais.


Curiosidades

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo abriga um importante acervo artístico, com destaque para seus altares em estilo barroco e rococó, além de magníficos painéis de azulejos portugueses que contam histórias bíblicas e da vida de santos. A riqueza e beleza de sua arquitetura, aliadas à atmosfera de devoção e espiritualidade, tornam a visita a essa igreja uma experiência inesquecível.

É interessante ressaltar que a igreja foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, juntamente com o centro histórico do Rio de Janeiro, em reconhecimento à sua importância histórica e cultural.

A Igreja do Carmo, a igreja católica mais antiga do Rio de Janeiro, é um tesouro histórico e cultural da cidade. Sua fundação em 1608, participação em eventos marcantes da história e seu rico acervo artístico a tornam um ponto de referência imperdível para os visitantes interessados ​​em conhecer a cultura e a religiosidade do Brasil colonial. Não deixe de incluir uma visita à Igreja do Carmo em seu roteiro pela cidade maravilhosa, para vivenciar um mergulho no passado e apreciar sua beleza única.

A Igreja do Carmo, além de ser a igreja católica mais antiga do Rio de Janeiro, desempenhou um papel importante como a antiga Sé da cidade. Durante o período colonial, a igreja foi a sede do bispado do Rio de Janeiro.

A transferência da sede episcopal para a Igreja do Carmo ocorreu em 1676, quando a diocese foi criada. Na época, a igreja foi elevada à condição de catedral e tornou-se o principal centro religioso da cidade.

No entanto, a Igreja do Carmo deixou de ser a Sé do Rio de Janeiro em 1976, quando a Arquidiocese do Rio de Janeiro foi estabelecida e a Catedral Metropolitana de São Sebastião, popularmente conhecida como Catedral do Rio de Janeiro, foi designada como a nova sede episcopal.

Apesar de não ser mais a Sé do Rio de Janeiro, a importância histórica e arquitetônica da Igreja do Carmo permanece, atraindo visitantes a explorar sua rica história e admirar sua beleza única.

Aqui está o endereço correto da Igreja do Carmo no Rio de Janeiro:
Rua Sete de Setembro, 14 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20050-009


Você pode usar este link para acessar o Google Maps e visualizar a localização correta da Igreja do Carmo: CLIQUE AQUI



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Explore as Maravilhas Sagradas: Conheça as 10 Igrejas Católicas Históricas do Rio de Janeiro

Aqui estão as 10 igrejas católicas históricas mais famosas do Rio de Janeiro, juntamente com suas histórias, dados de fundação, localizações e algumas curiosidades sobre cada uma delas:

Catedral Metropolitana de São Sebastião

Fundada em 1676.
Localização: Avenida Chile, Centro.
Curiosidade: possui um estilo moderno e arrojado, com formato de cone invertido, e pode acomodar até 20 mil pessoas.

Basílica Santuário de Nossa Senhora da Penha

Fundada em 1624.
Localização: Largo da Penha, Penha.
Curiosidade: A igreja está situada no topo de um morro, e para chegar até lá, os fiéis podem subir uma escadaria com mais de 380 degraus ou utilizar um bondinho.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé

Fundada em 1590.
Localização: Largo da Carioca, Centro.
Curiosidade: É considerada a igreja mais antiga do Rio de Janeiro em funcionamento e seu interior apresenta uma bela decoração barroca.

Igreja de São Francisco de Paula

Fundada em 1808.
Localização: Largo de São Francisco de Paula, Centro.
Curiosidade: É conhecida por sua imponente fachada neoclássica e por abrigar o Museu de Arte Sacra do Rio de Janeiro.

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência

Fundada em 1669.
Localização: Largo da Carioca, Centro.
Curiosidade: É uma das mais antigas igrejas do Rio de Janeiro e possui uma arquitetura barroca impressionante, com detalhes esculpidos em pedra-sabão.

Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo

Fundada em 1750.
Localização: Rua Primeiro de Março, Centro.
Curiosidade: A igreja possui um altar todo em ouro e é considerada uma das mais belas do período colonial brasileiro.

Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro

Fundada em 1739.
Localização: Largo do Outeiro da Glória, Glória.
Curiosidade: Situada em um ponto alto, a igreja oferece uma vista panorâmica da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar.

Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores

Fundada em 1750.
Localização: Rua da Lapa, Lapa.
Curiosidade: Conhecida como a "Catedral Carioca", possui uma arquitetura neoclássica e é considerada um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro.

Igreja de Santa Cruz dos Militares

Fundada em 1808.
Localização: Rua Primeiro de Março, Centro.
Curiosidade: Essa igreja é conhecida por abrigar o Santíssimo Sacramento e por seu interior ricamente decorado com pinturas e detalhes em ouro.

Igreja de Nossa Senhora da Candelária

Fundada em 1775.
Localização: Praça Pio X, Centro.
Curiosidade: A igreja possui um estilo neoclássico projetado e é uma das maiores do Brasil, com capacidade para acomodar até 5 mil pessoas. É também conhecido por suas belas pinturas e esculturas em seu interior.


Essas são as 10 igrejas católicas históricas mais famosas do Rio de Janeiro. Cada uma delas possui sua própria história e características únicas, que refletem a rica herança religiosa e cultural da cidade.

CONVITE

Convido você a explorar a rica história e a beleza arquitetônica das 10 igrejas católicas históricas mais famosas do Rio de Janeiro. Descubra os tesouros artísticos, sinta a espiritualidade e maravilhe-se com a grandiosidade desses templos sagrados. Deixe-se encantar pelas histórias que ecoam em suas paredes. Através dessas visitas, você poderá admirar a arquitetura, os detalhes artísticos e contemplar a paz e a serenidade que esses lugares sagrados proporcionam. Não importa sua religião ou crença, as igrejas católicas históricas do Rio de Janeiro são uma parte importante da identidade da cidade e uma oportunidade de mergulhar em sua rica herança. Venha explorar esses templos emblemáticos e deixe-se envolver pela atmosfera espiritual que permeia cada um deles. Seja bem-vindo a essa jornada de descoberta e contemplação.



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10 igrejas católicas históricas mais famosas do Brasil

 Vou apresentar-lhe uma lista das 10 Igrejas Católicas mais famosas do Brasil. Essas igrejas são conhecidas por sua beleza arquitetônica, importância histórica e significado religioso. Aqui estão elas:

Basílica de Nossa Senhora Aparecida

Aparecida, São Paulo

Considerada o maior santuário mariano do mundo, atrai milhões de fiéis todos os anos. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é venerada neste local.


Catedral Basílica de Salvador

Salvador, Bahia

Localizada no coração do centro histórico de Salvador, esta catedral é uma das mais antigas do Brasil. Construída no século XVII, combina elementos do estilo renascentista e barroco. Seu interior é adornado com magníficos altares dourados e obras de arte sacra, sendo um importante local de culto e visitação para os fiéis católicos e turistas.


Basílica de São Francisco de Assis

Ouro Preto, Minas Gerais

Uma das obras-primas do estilo barroco no Brasil, esta igreja é conhecida por seus detalhados altares esculpidos em ouro e suas pinturas do artista Aleijadinho.


Catedral Metropolitana de Brasília

Brasília, Distrito Federal

Projetada por Oscar Niemeyer, essa catedral modernista se destaca por sua arquitetura única em forma de hiperboloides. É um marco religioso e turístico na capital brasileira.



Mosteiro de São Bento

São Paulo, São Paulo

Construído pelos monges beneditinos, esse mosteiro é conhecido por sua arquitetura neogótica e pelos belos vitrais. É um importante centro de espiritualidade e cultura em São Paulo.


Santuário Nacional de Nossa Senhora de Lourdes

Viamão, Rio Grande do Sul

Este santuário é dedicado a Nossa Senhora de Lourdes e é considerado um importante local de peregrinação e devoção no sul do Brasil. Sua arquitetura impressionante e sua localização em meio à natureza proporcionaram um ambiente tranquilo para os fiéis que buscam oração e reflexão.


Igreja de São Francisco

João Pessoa, Paraíba

Esta igreja é um importante marco histórico e projetado. Com influência barroca, é conhecida por suas belas esculturas, azulejos e altares dourados.


Basílica de Nossa Senhora do Carmo

Recife, Pernambuco

Uma das igrejas mais antigas do Brasil, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo possui uma arquitetura colonial marcante. Seus altares barrocos e sua rica decoração interior são notáveis.


Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves

João Pessoa, Paraíba

Construída no século XVI, esta catedral é um dos principais monumentos históricos de João Pessoa. Possui estilo gótico e elementos neoclássicos em sua fachada.


Basílica de Santo Antônio de Pádua

Americana, São Paulo

Considerada a maior basílica do interior paulista, essa igreja é dedicada a Santo Antônio de Pádua. Apresenta uma bela arquitetura em estilo neogótico e abriga a imagem de Santo Antônio mais antiga do Brasil.


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Catedral Metropolitana



O formato de cone da Catedral tem 96 metros de diâmetro interno, 80 metros de altura e capacidade para 20 mil pessoas em pé. A beleza fica por conta dos vitrais coloridos que acompanham as paredes até a cúpula em forma de cruz, e a enorme imagem de Cristo suspensa por cabos.

Foi construída entre 1964 e 1979.

Rua dos Arcos 54 / Av. República do Chile 245, Centro 


HISTÓRIA DA CATEDRAL

A história da Catedral, desde a pedra fundamental, até os dias de hoje

Criada em 1676 pela bula do Papa Inocêncio XI, a Diocese, e depois a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro nunca teve Catedral própria, sempre precisou servir-se de igrejas emprestadas. Nos primeiros 58 anos de sua história, ela se instalou na igrejinha que o governador Salvador de Sá mandara fazer de adobes e telha-vã, com três naves, no Morro do Castelo, e que foi demolida em 1922, quando acabou o desmonte do morro.

Em 1734, a Catedral foi transferida do Morro do Castelo para a igreja de Santa Cruz dos Militares, onde permaneceu apenas três anos. Depois mudou-se para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, e ali ficou até a chegada da Família Real, em 1808, quando o Príncipe Regente de Portugal, Dom João VI, fez da igreja Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, sua Capela Real, logo elevada, por ele também, à categoria de Catedral.

Só depois de muitas e penosas diligências, a Arquidiocese conseguiu que o então Estado da Guanabara lhe cedesse um terreno no qual foi erguida a Catedral, que teve sua pedra fundamental abençoada e lançada por D. Jaime de Barros Câmara, a 20 de janeiro de 1964, sendo Sumo Pontífice S.S. o Papa Paulo VI.

Em 1972, o Cardeal D. Eugenio de Araujo Sales (sucessor de D. Jaime, falecido no dia 18 de fevereiro de 1971), já pôde celebrar a Missa de Natal na nova Igreja. No dia 16 de novembro de 1976, Ano do Tricentenário da Arquidiocese, Sua Eminência sagrou o altar-mor da Catedral de São Sebastião e, em 1979, no dia 15 de agosto, quando comemorava o Jubileu de prata de sua ordenação episcopal, fez a solene Dedicação do Novo Templo, o que pode ser considerado o verdadeiro marco da sua inauguração.

Aos 20 dias do mês de novembro de 1976, o Cardeal Arcebispo Dom Eugenio de Araujo Sales nomeou Cura da Catedral de São Sebastião o incansável empreendedor da construção da nova Catedral Monsenhor Ivo Antonio Calliari e, em 28 de dezembro de 1983, nomeou-o Pároco da Paróquia da Catedral de São Sebastião.

Aos 2 dias do mês de julho de 1980, Sua Santidade o Papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil, presidiu solene cerimônia com os Bispos do CELAM, que comemorava jubileu de prata. E, no dia 4 de outubro de 1997, Sua Santidade presidiu solene Missa, concelebrada por mais de 500 bispos do mundo inteiro e por mais de 1.000 padres, ocasião na qual 5.000 pessoas participaram e milhares assistiram, de todas as partes do mundo, via televisão, por ocasião do "II Encontro Mundial do Papa com as Famílias", consolidando-a definitivamente, como marco de arquitetura moderna e arrojada, imponente e funcional, que se distingue por sua nobre simplicidade.

No ano em que comemorou 30 anos a frente da Arquidiocese, o Eminentíssimo Cardeal Dom Eugenio de Araujo Sales tornou-se Arcebispo Emérito e a Cerimônia de Início de Missão do novo Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Scheid, deu-se a 22 de setembro de 2001, nesta Catedral.

No ano de 2009 o Cardeal Scheid tornou-se Arcebispo Emérito e o novo Arcebispo Dom Orani João Tempesta, nomeado pelo Sumo Pontífice Bento XVI, iniciou a Missão como Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, no domingo da Oitava da Páscoa e Festa da Misericórdia, a 19 de abril de 2009, em solene celebração Eucarística, nesta Catedral de São Sebastião, quando foi introduzido sobre a Cátedra seu brazão episcopal, cujo lema é: PARA QUE TODOS SEJAM UM. Autoridades civis, militares e religiosas e milhares de fiéis apresentaram a Dom Orani Tempesta as boas vindas e votos de abençoado pastoreio.


CONSTRUÇÃO E REFORMA DA CATEDRAL

Forma Arquitetônica da Catedral e sua Simbologia

A tarefa de dar corpo às idéias que o Cardeal Câmara tinha concebido e discutido com o seu secretário particular e futuro executor das obras, Monsenhor Ivo Antonio Calliari, sobre a Catedral, foi confiada ao arquiteto Edgar Fonceca (s.i.c.), professor da PUC do Rio. O engenheiro foi Newton Sotto Maior e o mestre de obras Joaquim Corrêa.
A Catedral tem as seguintes medidas: 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno, cada vitral: 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2, com capacidade para abrigar 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.

A exemplo de todas as igrejas católicas, também a Catedral do Rio de Janeiro tem como símbolo máximo a cruz. Não é apenas a cruz que paira alguns metros acima do altar-mor, sustentada do teto por seis cabos de aço. A cruz que se impõe é aquela que está na origem do projeto: uma cruz grega, de vastas proporções e feita de material transparente, seria o centro e recheio de um círculo imenso, com trinta metros de diâmetro, símbolo expressivo da presença de Cristo entre os homens.

De que maneira conjugar o círculo e a cruz foi o desafio enfrentado até delinear a Catedral que aí está, de estilo tão diferente de todas as igrejas construídas conforme os padrões convencionais. E esse desafio encontrou resposta e inspiração na pirâmide que os Maias construíram na Península de Yucatan, no México. Na base, a pirâmide é quadrada e larga, mas se estreita a medida em que sobe, até tomar, no topo, a forma de um platô.

Diferentemente das pirâmides dos Maias, ela tem forma circular e cônica para significar a eqüidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes; Deus, - como que "desce" das alturas para vir ao encontro do homem - é simbolizado pela luz que se esparrama dos quatro braços da cruz, à qual domina grande parte do teto e tem o seu prolongamento nos quatro vitrais que se ligam aos pórticos. Aqui, os fiéis são como que acolhidos pelo Cristo que foi enviado pelo Pai, morreu e ressuscitou para a nossa salvação, instituiu a Igreja e enviou sobre ela o Espírito Santo.

Os quatro vitrais, que nos dão impressão de estarem abraçados por fios de betão, são também uma afirmação da fé que está na origem e na finalidade maior da Catedral e estão posicionados conforme os pontos cardeais. Eles simbolizam as quatro notas características da Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica.

Una: Somos o Rebanho do Senhor, nosso único Pastor, cuja Palavra é referencial de vida. A característica da Igreja - Una - está representada pelo Bom Pastor que figura no vitral verde, também à frente de quem entra pelo pórtico principal. Foi Jesus Cristo quem disse: "Importa que haja um só rebanho e um só pastor". Neste vitral são vistos outros símbolos que conduzem à idéia de unidade da fé: a Bíblia, a Mitra dos bispos, a Tiara do Papa e o Cálice da Salvação com a Hóstia Consagrada (direção sul).


Santa: A Igreja é Santa porque o Senhor Jesus Cristo, o Santo dos santos a instituiu, mas também é pecadora porque nós, seus membros, somos imperfeitos. O vitral que representa a característica da Igreja - Santa - está à direita de quem entra na Catedral e inclui São José e Nossa Senhora entre outros santos. A cor que predomina é a vermelha, a mesma que simboliza os dons do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade (direção oeste).



Católica: Todas as pessoas (quatro raças), indistintamente, são chamadas a serem membros da Igreja de Cristo. A terceira característica da Igreja - Católica - está estampada no vitral acima do pórtico da entrada principal, com predomínio da cor azul. A catolicidade da Igreja, isto é, sua universalidade, está expressa nas diversas raças (branca, vermelha, negra e amarela) que o vitral apresenta na parte inferior. Mais acima, estão os símbolos dos quatro evangelistas ( o leão, São Marcos; o touro, São Lucas; o jovem, São Mateus e a águia, São João ) e o globo terrestre encimado com a cruz (direção norte).



Apostólica
:
Instituída por Cristo, a Igreja honra São Pedro como primeiro Papa, cujos sucessores ocupam sua cátedra em Roma como vigários de Cristo na terra, tendo os Bispos como colaboradores diretos, pois são sucessores dos demais Apóstolos e devem pastorear o rebanho a eles confiado em comunhão com o sucessor de Pedro. O vitral que representa a quarta característica da Igreja - Apostólica - encontra-se à esquerda de quem entra na Catedral. Sobre tons de fundo amarelo aparece São Pedro, com as chaves; mais abaixo, dois personagens simbolizando os sucessores de Pedro (papa) e dos demais apóstolos (bispo); mais acima podem ser vistos os instrumentos da paixão de Cristo, sobretudo a cruz em que Ele morreu e da qual pende o lençol no qual foi envolto o seu corpo. O lençol está em forma de M para lembrar a especial participação de Maria, mãe de Jesus, no mistério da Redenção operada por seu filho (direção leste).
...



Fonte: http://www.catedral.com.br
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